Inteligência artificial: de ameaça ao emprego a um novo mundo de possibilidades

02 de agosto de 2023 0 min

Concorrente do Google para o ChatGPT, o Bard acaba de chegar ao Brasil. Presente em mais de 100 países, o sistema de inteligência artificial generativa responde a perguntas e cria conteúdo, disponível em português. Num mercado de trabalho em constante evolução, a Inteligência Artificial (IA) emergiu como uma das tecnologias mais impactantes, moldando como realizamos muitas das nossas atividades diárias e, especialmente, afetando a indústria de Tecnologia da Informação (TI).

“Antes vista como uma ameaça ao emprego, a IA tem se revelado uma ferramenta poderosa para aprimorar e otimizar diversas atividades, tornando-se um aliado valioso para os profissionais de TI. Ao entendermos a IA como uma parceira, percebemos que suas capacidades podem ser canalizadas para complementar as habilidades dos especialistas de TI, proporcionando um ambiente colaborativo e inovador”, afirma Simone Dominico, professora de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas no UniOpet, que atua nas disciplinas de algoritmo, Data Science, tópicos avançados em banco de dados e arquitetura de software.

Segundo a especialista, o avanço da IA abre novos caminhos profissionais para os especialistas em TI e amplia o acesso de mulheres nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM, da sigla em inglês). “À medida que a tecnologia evolui, surgem demandas crescentes por profissionais qualificados capazes de criar, implementar e gerenciar soluções baseadas em inteligência artificial. Essa nova era da computação requer talentos capazes de pensar criativamente e desenvolver algoritmos inteligentes que impulsionem a eficiência e a inovação nos negócios. Para isso, é fundamental termos programas que fomentem o ingresso de mulheres em TI”.

ELAS no STEM

Lançado em 11 de fevereiro, Dia Internacional das Mulheres e Meninas nas Ciências – data comemorada criada pela ONU e Unesco para incentivar o ingresso e a participação igualitária de profissionais femininas na Ciência –, o programa “ELAS no STEM” do UniOpet ofereceu 50 bolsas de estudo para mulheres em situação de vulnerabilidade nos campos de STEM. A conclusão da primeira edição do programa será em agosto.

“A capacidade de adaptação é crucial para os profissionais de TI se manterem relevantes no mercado de trabalho. Aqueles que se mostram dispostos a aprender e dominar as tecnologias de IA estarão mais bem preparados para atender às demandas emergentes”, avalia Simone Dominico.

“Desde o início do programa, pudemos ver o entusiasmo e dedicação das alunas em aprender e superar desafios. O progresso que cada uma tem demonstrado ao longo do curso é surpreendente, e o crescimento mútuo da turma como um grupo coeso tem sido significativo. Além de ter uma ideia da área de tecnologia, as alunas conseguiram compartilhar sentimentos e vivências do dia a dia do papel da mulher nas áreas do STEM”, conta a professora.

Os momentos mais gratificantes, segundo Simone, foram ver as alunas ganhando confiança em suas habilidades, iniciando análises utilizando a linguagem python aplicando técnicas de programação. “O impacto do programa STEM na vida e na carreira dessas mulheres é notável. Muitas delas chegaram ao programa com uma curiosidade sobre tecnologia e suas aplicações, e agora estão saindo com um conhecimento que fornece uma visão da amplitude da área de TI”.

Além disso, o corpo docente percebe o aumento da confiança e a vontade das alunas em enfrentar novos desafios na área de TI. “A colaboração, o senso de comunidade e a troca de experiências entre as alunas que se desenvolveu durante o programa continuará a impulsioná-las mesmo após a conclusão do curso, proporcionando suporte para enfrentar novas oportunidades e desafios em suas carreiras futuras”.

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